Cradle of Filth: Discografia Ranqueada

Introdução ao Cradle of Filth

Cradle of Filth é uma das melhores bandas da modernidade. Eles se autodenominam uma banda de "Extreme Metal", mas eu acho essa intitulação estúpida e ambígua, sendo assim, eu categorizo eles como uma banda de Metal Gótico com muitos elementos de Black Metal Sinfônico - e sei que Dani Filth discordaria de mim, mas provavelmente ele nunca lerá esse post, então não importa. O que importa é que eu e o meu sócio ouvimos a discografia completa da banda e fizemos este Ranking exclusivo aos nossos queridos leitores imaginários, sendo assim: aqui está nossa lista!

Número 19: Dusk And Her Embrace... The Original Sin

Dusk And Her Embrace... The Original Sin é simplesmente, uma das piores experiências musicais que eu já tive na vida. Esse lançamento - as gravações originais do álbum Dusk & Her Embrace, pelo que li na internet - é uma perca total de tempo. Decepção é pouco para descrever esse álbum, só mantenha a sua distância e nem perca tempo ouvindo isso aqui.

Número 18: The Manticore and Other Horrors

The Manticore and Other Horrors tentou ser uma obra como Midian, um álbum conceitual sobre vários monstros e criaturas, mas, no fim, acabou é sendo outra perda completa de tempo. A música aqui é a mais tediosa já feita na discografia da banda, e não apenas isso, mas também é o álbum mais sem identidade que eles já fizeram. Todas as músicas soam exatamente iguais e nenhuma possui característica sequer que salve esse lançamento. Sendo assim, ele totalmente merece essa posição no Ranking.

Número 17: From The Cradle To Enslave

From The Cradle To Enslave não é um álbum, mas sim um EP. Decidimos incluir este e um outro EP também mais à frente devido ao fato que há algumas músicas originais presentes apenas nesses lançamentos - com essa linha de raciocínio, pensamos ser justo incluir neste Ranking. Falando sobre a arte, eu gosto dela até, mas meu sócio jura que é horrorosa. Já falando da música, as duas únicas que eu gostei são "From the Cradle to Enslave" e "Of Dark Blood and Fucking", já o meu sócio gostou da "Sleepless" - imagina só o que ele vai achar ao ouvir as (duas) versões originais feitas pela banda Anathema! Por ser um EP sem muita "carne", é justo essa posição no Ranking.

Número 16: Cryptoriana - The Seductiveness of Decay

Cryptoriana - The Seductiveness of Decay é outro álbum, assim como Manticore, em que a maior parte das músicas não possui identidade e soa "genérica" (isso é, genérica não no gênero musical, mas sim para o Cradle, como se eu pedisse para um IA criar música baseada no Cradle e esse álbum foi o resultado). Acaba que a década de 2010 não foi muito boa para a banda, como veremos nesse Ranking. Posso dizer que a arte desse lançamento é legal, e que a música "The Seductiveness of Decay" é a única que se destaca do resto. Além disso, não há mais nada do que se dar nota.

Número 15: Cruelty & The Beast

Cruelty & The Beast é um álbum conceitual sobre Elizabeth Bathory, a condessa de sangue, que supostamente se banhava com o sangue de virgens - mas creio que foi tudo uma armação feita pelos seus rivais políticos na Hungria, mas de qualquer forma - é um álbum conceitual que poderia ter sido muito bom... Se pelo menos a mixagem e produção do álbum fossem bem feitas. Esse é o problema desse lançamento: é um álbum com músicas e ideias muito boas, mas que, no produto final, acabou soando terrível exatamente pela mixagem e produção. Se pelo menos nesse quesito o álbum soasse bom... Ah, estaria numa posição muito mais alta nesse Ranking...

Número 14: Trouble and Their Double Lives

Trouble and Their Double Lives é um álbum de gravações Live da banda. O único motivo dele ser incluido nesse Ranking é a música exclusiva dele "She is a Fire", a qual... Sim, é melhor do que tudo incluso nesse Ranking até esse momento combinado! Fora isso, acho que posso dizer que a arte é boa, tenho até uma camiseta dessa capa, e é isso.

Número 13: Darkly, Darkly, Venus Aversa

Darkly, Darkly, Venus Aversa é outro dos álbuns da década de 2010 que sofre com o problema de "música genérica do Cradle". Muitas das faixas aqui presentes não possuem identidade e acabam apenas sendo mais do mesmo. A única música que se destaca é "Lilith Immaculate", e é por aí que a parte interessante do álbum acaba. Fora isso, eu posso falar que a arte é... Feia, eu não gosto dela.

Número 12: Hammer of the Witches

Hammer of the Witches é o álbum da década de 2010 que menos sofre com aquele problema o qual mencionei nos outros. Aqui as músicas se destacam muito mais umas das outras, e cada uma possui sua própria identidade, mas, ainda assim, esse problema continua presente, especialmente na segunda metade do álbum. As músicas que mais se destacam são: "Walpurgis Eve", "Yours Immortally", "Blackest Magick in Practice" e "Hammer of the Witches". As outras músicas da primeira metade são boas, mas o resto do álbum não é bom.

Por fim, posso falar da arte, e como eu gosto dessa arte! Se pelo menos o álbum fosse na mesma altura que a arte, ele seria o primeiro colocado desse Ranking de certeza... Como eu adoraria ir numa igreja usando uma camiseta com essa arte... Quem sabe algum dia.

Número 11: Damnation And A Day

Damnation And A Day é um álbum conceitual sobre Satã, sendo banido do Céu e criando o seu reino no Inferno - que conceito! Primeiramente, vou falar da arte, a qual eu acho uma das mais bonitas de toda a discografia do Cradle of Filth, certamente uma das mais bem boladas e, como o meu sócio mesmo me mostrou, parece muito com uma capa que Type O Negative poderia ter feito.

Falando agora das músicas, temos: "A Bruise Upon The Silent Moon", "The Promise Of Fever", "Hurt and Virtue", "An Enemy Led The Tempest" e "Better To Reign In Hell". Note como todas as músicas são da primeira metade desse lançamento. O motivo dele não estar numa posição mais alta é o fato de que parece que a banda simplesmente perdeu o conceito do álbum. Começando na música "Serpent Tongue", é como se a energia presente nas primeiras músicas fosse totalmente drenada e como se a história até então contada se perdesse - meio que não sabiam para onde ir depois da melhor música do álbum (Better To Reign In Hell). Por esse motivo, esse álbum está nessa posição.

Número 10: The Principle Of Evil Made Flesh

The Principle of Evil Made Flesh é o álbum debut da banda. Esse (junto também de um outro EP mais adiante) são os dois únicos lançamentos da banda que são "puramente" Black Metal, digo entre aspas pois nesse álbum já temos traços, sinais, do Metal Gótico o qual a banda iria se caracterizar pelo resto de toda a sua discografia.

A arte não é tão ruim, mas já se falando da música, as faixas que se destacam são "The Principle Of Evil Made Flesh", "Forest Whispers My Name", "Black Goddess Rises" e o combo de "In Secret Love We Drown", "Dream Of Wolves in The Snow" e "Summer Dying Fast", os quais terminam o álbum muito bem. Eu teria colocado esse álbum numa posição mais alta, mas meu sócio quis colocar ele nessa posição mais baixa... Sendo assim, vamos seguir para os próximos itens.

Número 9: Nymphetamine

Nymphetamine é um dos álbuns mais populares da banda e também um com as músicas mais acessíveis que eles já fizeram. Há aqui aquela sensação "Evanescence", "Rock dos anos 2000", presente. Não que seja uma coisa ruim, pois Katatonia fez a mesma coisa com o Last Fair Deal Gone Down (o meu álbum favorito da minha banda favorita). Mas voltando ao tema: Nymphetamine.

A arte é bonita, apenas não a mais memorável. Falando já da música, temos aqui as que se destacam com: "Nemesis", "Gabrielle", "Nymphetamine Overdose", "English Fire", "Swansong for a Raven" e "Nymphetamine Fix". A qualidade do álbum varia entre algumas músicas, mas no geral, é um ótimo álbum para você começar a ouvir a discografia da banda, caso esteja acostumado com Metal Gótico ou outros gêneros similares.

Número 8: Vempire

Vempire é o segundo (e último) EP incluso neste Ranking, assim como também o segundo lançamento onde a banda foi muito mais na direção do Black Metal. Eu diria que esse é, sim, o único lançamento deles o qual fizeram apenas Black Metal, e não incluíram nenhum elemento do seu Metal Gótico característico. A arte só por si é icônica, mas o que mais se destaca nesse EP é que algumas músicas se repetem em outros álbuns, como o Dusk e o Flesh, mas, sinceramente, a versão de tais músicas presentes nesse EP é muito superior. Falando das faixas que se destacam, temos: "The Forest Whispers My Name", "Queen Of Winter, Throned" e "Nocturnal Supremacy", mas é um EP ótimo de início a fim. Caso você é aquele cara que ouve Black Metal, então esse é a obra que você deve ouvir para se introduzir ao Cradle of Filth.

Número 7: Godspeed On The Devil's Thunder

Godspeed On The Devil's Thunder é um álbum conceitual sobre Gilles de Rais, outra pessoa que supostamente sacrificava crianças para Satã (outro caso que, se você der uma lida, fica óbvio que também foi armado para cima dele, mas enfim). A coisa menos legal desse álbum é a arte, a qual não é necessariamente feia, mas poderia ter sido melhor, com certeza (lembra a Dance of Death, do Iron Maiden).

Falando já da música, aqui temos "The Death of Love", "The 13th Caesar", "Tragic Kingdom", "Honey and Sulphur", "Darkness Incarnate", "Ten Leagues Beneath Contempt" e "Godspeed on the Devil's Thunder" como sendo as músicas que mais se destacam, mas, assim como outros vários lançamentos dessa banda, grande parte ainda por vir, é um álbum muito bom de início a fim.

Número 6: Thornography

Thornography é sem dúvida o álbum mais acessível que a banda já fez. Aqui vemos muita inclusão de outros artistas além da banda, e também a presença de vocais além do Dani Filth. Esse é certamente, um álbum único na discografia da banda. Caso você não ouça Black Metal, Death Metal nem Metal Gótico, mas, por algum motivo, queira ouvir Cradle of Filth, então comece com esse lançamento. Ele foi feito para você.

Eu gosto desse álbum pelo quão único ele é e o quanto se destaca em comparação ao resto da discografia, já o meu sócio gosta dele por causa da nostalgia - ele ouvia esse bastante quando jovem. A arte já é muito bonita, tão boa quanto a música aqui presente: "Tonight in Flames", "Libertina Grimm", "I Am the Thorn", "Cemetery and Sundown", "Foetus Of A New Day Kicking" e "Temptation" são todas músicas muito boas. A minha favorita desse lançamento é "The Byronic Man", enquanto que, outra música que vale a pena mencionar aqui é a "Rise of the Pentagram", a qual, fora a introdução narrada por outro Guest nesse álbum, é a única música instrumental do Cradle (sem as vocais do Dani Filth), isso é, sem contar Interludes e outros derivados...

É um álbum bastante curioso, e ele merece essa posição.

Número 5: Existence Is Futile

Existence Is Futile é o álbum mais rápido e agressivo que a banda já fez - muito bem representado pela arte, com esses demônios causando o caos e matando pessoas - e por ser um álbum que se destaca muito após o lixo feito na década de 2010, ele merece estar nessa posição alta do Ranking. As músicas que se destacam são "Existential Terror", "Necromantic Fantasies", "Crawling King Chaos", "How Many Tears to Nurture a Rose?" e "Suffer Our Dominion". Mas é um baita álbum que eu recomendo você ouvir, caso goste dessa música "mais agressiva". Pessoalmente, eu teria esse álbum e o próximo da lista trocados, mas meu sócio preferiu o outro, então aqui estamos.

Número 4: The Screaming Of The Valkyries

The Screaming Of The Valkyries foi lançado nesse ano de 2025, sendo o álbum mais recente da banda até então. Ele certamente nos surpreendeu, parece que aqui há um pouco do som do lançamento anterior (Existence), mas também um pouco do Midian misturados. Vemos também algumas tendências de Metal Progressivo, principalmente na música "You Are My Nautilus". As outras músicas que se destacam aqui são "To Live Deliciously", "White Hellebore" e "Malignant Perfection". Esse lançamento foi uma ótima surpresa, e com exceção do álbum que o precedeu, é com certeza muito melhor do que tudo o que a banda vinha fazendo nos últimos 10 anos.

Número 3: Dusk & Her Embrace

Dusk & Her Embrace é o álbum mais atmosférico que a banda Aqui há uma mistura do Metal Gótico característico deles com Black Metal Atmosférico, o que certamente faz esse lançamento ser um dos mais memoráveis que banda já fez. A arte é igualmente memorável, assim como também a música: "Heaven Torn Asunder", "Funeral In Carpathia", "Dusk and Her Embrace" e "Haunted Shores" são as que se destacam, mas eu diria que você precisa ouvir o álbum inteiro para ter a verdadeira experiência que ele pode lhe proporcionar.

Antes de ir ao próximo item, gostaria de contar uma pequena história: lá por volta de 2019, quando eu estava começando a ouvir Heavy Metal - ouvindo álbuns como Crusader do Saxon e a banda Dio - eu acabei encontrando esse exato álbum, Dusk & Her Embrace, por acidente. Não fazia ideia do que havia encontrado. Eu ouvi o álbum pela primeira vez e... Bem... Eu odiei a música, soava muito mal e não havia gostado dos vocais. Anos depois, vi na internet sobre a banda Cradle of Filth e quando fui ouvir a discografia, reconheci esse álbum... Olha que coisa, de uma obra a qual eu odiei completamente, se tornou o número 3 do meu Ranking da banda. Como as coisas mudam, não?

Número 2: Cruelty & The Beast (Re-Mistressed)

Cruelty & The Beast (Re-Mistressed) é basicamente o item 15 desse Ranking, só que com a minha única reclamação - mixagem final do álbum - corrigida! Até a arte é mais bonita, olha que coisa! Sendo assim, eu posso listar todas as músicas que mais se destacam: "Thirteen Autumns and a Widow", "Cruelty Brought Thee Orchids", "Beneath the Howling Stars", "Venus in Fear" e "Bathory Aria", mas no geral, como se trata de um álbum conceitual, é uma experiência incrível de início a fim, a qual recomendamos você ouvir.

Número 1: Midian

Midian merece ser o primeiro colocado e não há argumento contra isso. É o melhor álbum com as melhores músicas que o Cradle of Filth já fez. Ele começa forte com "At the Gates of Midian" e "Cthulhu Dawn" - uma música a qual me dá a mesma sensação que "April Ethereal" do Opeth. Logo o álbum segue com músicas muito marcantes com "Saffron's Curse", "Death Magick for Adepts", "Lord Abortion", "Amor E Morte" e "Creatures that Kissed in Cold Mirrors". Então temos a melhor música já feita pelo Cradle: "Her Ghost in the Fog", só que então, temos minha única reclamação nesse lançamento: "Satanic Mantra", o qual não faz muito pela obra... Pelo menos, logo se segue "Tearing the Veil from Grace" e "Tortured Soul Asylum" para fechar o álbum com chave de ouro.

Sem dúvida, o melhor lançamento que a banda já fez. Até mesmo falando da arte, ela é icônica, memorável, e representa bem a música aqui presente. Essa capa me faz pensar num filme de terror de budget pequeno dos anos 80 ou 90, tipo Evil Dead.

Por fim, posso dizer que esse é um álbum conceitual sobre a terra de Midian, onde vários monstros e criaturas vivem. Um conceito genial para um álbum incrível. Se tem um lançamento do Cradle que você é obrigado a ouvir, independente de gostar de Metal ou não, é Midian. Faça um favor a você mesmo caso não tenha ouvido esse álbum ainda!